Quantos currículos você já enviou e não teve retorno? Talvez a resposta seja: “Já perdi as contas”. Conseguir uma entrevista de emprego logo na primeira tentativa pode acontecer, mas, às vezes, é necessário enviar vários currículos antes de obter uma oportunidade. Neste último caso, talvez você já tenha se questionado se está fazendo algo errado. A psicóloga do Instituto Euvaldo Lodi de Pernambuco (IEL-PE), entidade que aproxima estudantes e profissionais do mercado de trabalho, reforça que, entre as principais dicas, ser claro e objetivo é o ponto de partida para um currículo competitivo.
“Formatar seu currículo em tópicos facilitará a identificação das informações de seu perfil. O formato enxuto e organizado facilita a leitura e destaca as informações principais”, orienta a psicóloga Aldineide Pereira. Ela explica que, entre as principais informações que devem constar no currículo estão dados pessoais (nome completo, data de nascimento, cidade onde mora, telefone e e-mail), formação acadêmica e objetivo profissional – destacando qual vaga e área deseja atuar. Também devem estar no documento idiomas, habilidades técnicas e experiência profissional, deixando claro o nome da empresa, o período em que trabalhou nela, a função desempenhada e as atividades desenvolvidas.
Para a psicóloga, as habilidades comportamentais, cada vez mais valorizadas por recrutadores e gestores, também podem ser incluídas no currículo, desde que relacionadas à vaga. No documento, elas podem ser destacadas em uma seção de “Competências Pessoais” ou “Soft Skills”, como “trabalho em equipe”, “liderança” ou “gestão de tempo”, sempre seguidas com exemplos específicos de como foram aplicadas. “O empregador precisa saber que você tem domínio dessas habilidades através de situações vivenciadas no seu cotidiano profissional”, reforça.
Ela orienta ainda que mudar o currículo para tentar conquistar diferentes vagas é uma boa ideia, contanto que o interessado modifique o objetivo profissional e destaque as experiências e habilidades mais relevantes para a vaga específica, sem perder a coerência com sua identidade profissional. Além disso, apresentar as experiências não profissionais, como projetos relevantes, voluntariados ou intercâmbios, é uma boa aposta, mas é preciso destacar as habilidades adquiridas e os resultados alcançados. “Se você foi gestor de equipe em um projeto social, é preciso enfatizar, por exemplo, que coordenou 10 voluntários e atingiu 100% da meta de arrecadação”.
Ao mesmo tempo que é importante saber o que colocar no currículo, Aldineide lembra que também é fundamental saber o que não colocar. Ela orienta sobre a importância de se resguardar e não divulgar informações desnecessárias nesse primeiro momento de apresentação. “Exemplo disso são RG e CPF, foto, referências pessoais ou profissionais sem solicitação, e experiências ou habilidades que não agregam valor para a vaga”.
Sistema FIEPE – Mantido pelo setor industrial, atua no desenvolvimento de soluções para trazer ainda mais competitividade ao segmento. Além do Instituto Euvaldo Lodi (IEL-PE) – que tem foco na carreira profissional dos trabalhadores, desde a seleção de estagiários e profissionais, até a capacitação deles realizada pela sua escola de negócios – conta ainda com a FIEPE, o SESI e o SENAI. A Federação realiza a defesa de interesse do setor produtivo e contribui com o processo de internacionalização das indústrias. Pelo SESI-PE, são oferecidos serviços de saúde e educação básica para os industriários, familiares e comunidade geral. Com o SENAI-PE, além de formação profissional, são oferecidos os serviços de metrologia e ensaios, consultorias e inovação.
Por Vera Cruz Comunicação
