BRASIL GANHOU 2 MILHÕES DE ELEITORES ENTRE 16 E 18 ANOS, UMA ALTA DE 47%

Tribunal registrou até o fim de abril crescimento de 47,2% de novos votantes com idade entre 16 e 17 anos em relação a 2018
Em Salvador, a estudante Michele Rodrigues Cruz, 18 anos, foi tirar o título para votar pela primeira vez este ano Foto: FELIPE IRUATA / Agência O Globo 

BRASÍLIA —  Em meio à disputa pelo voto do jovem eleitorado nas eleições de outubro e o final do prazo para jovens emitirem o primeiro título de eleitor nesta quarta-feira, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) mostra que, até esta quarta-feira, dia 4, foram registrados 2.042.817 milhões de novos eleitores entre 16 e 17 anos. Os novos alistamentos compreendem o período entre janeiro e abril de 2022, e representam um aumento de 47,2% em relação ao mesmo período em 2018 e de 57,4 % em relação a 2014. Os números foram obtidos previamente pelo GLOBO, e confirmados pelo presidente da Corte, Edson Fachin, em sessão na manhã desta quinta-feira.

A título de comparação, em 2018 o TSE registrou, entre janeiro e abril, 1.387.765 milhão de novos eleitores jovens. Em 2014, este número foi de 1.297.130 milhão de novos eleitores jovens.

De acordo com a estimativa do TSE, muitos requerimentos ainda precisam ser analisados e a totalização desses números, com a análise de perfil dos eleitores — sexo, idade, região — só ficará pronta em junho.

Apesar dos números preliminares, que dão uma prova da procura pelo título de eleitor por parte dos jovens, o TSE lembra que todos os dados de 2022 ainda vão mudar. Isso porque cadastro só se consolida após as Zonas Eleitorais tratarem todos os requerimentos que foram feitos nos últimos dias.

A campanha pelo alistamento de jovens e regularização dos títulos fez com que o sistema da Corte eleitoral registrasse um recorde de cadastros. O TSE informou que nos últimos 31 dias atendeu 8.553.519 milhões de pedidos de atendimento envolvendo a situação eleitoral. Além disso, o voto de pessoas com 16 e 17 anos caiu na disputa das pré-campanhas dos principais candidatos à presidência, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o presidente Jair Bolsonaro (PL).