EMPRESÁRIOS DA INDÚSTRIA RECEBEM DIRIGENTES DA SUDENE E BNB

O presidente do Banco do Nordeste do Brasil (BNB), José Gomes da Costa, e o superintendente da Sudene, General Carlos César Araújo Lima, participaram de reunião com a diretoria executiva da FIEPE, na tarde desta quarta-feira (2), para discutir os gargalos e os investimentos necessários para a retomada do crescimento econômico da Região Nordeste.

Em suas palavras, o presidente da FIEPE, Ricardo Essinger, destacou que a região conta com cerca de ¼ da população brasileira, no entanto, tem um PIB muito inferior a esse percentual. “É preciso que entidades como a Sudene e o BNB possam trabalhar para trazer investimentos e devolver o protagonismo que a região já ocupou em nossa economia”, destacou.

Para os empresários, o desenvolvimento da região passa por mais investimentos, que podem ser viabilizados com maior acesso a crédito pelo setor produtivo. “Por isso, neste momento em que as indústrias vêm encontrando dificuldades, é necessário um programa de regularização fiscal em níveis federal e estadual para regularização das certidões”, destacou o diretor Financeiro da FIEPE, Felipe Coêlho. A temática foi endossada pelo diretor Administrativo, Bruno Veloso, que solicitou empenho dos executivos em defesa dessa bandeira junto ao Governo Federal.

O superintendente da Sudene demonstrou estar sensibilizado com os pleitos da indústria e se colocou à disposição para fazer o possível para atender as propostas dos empresários. “Nosso papel é reduzir os desníveis sociais e econômicos do Nordeste para devolver a competitividade à nossa região”, afirmou.

Na ocasião, representantes do setor produtivo também pleitearam por linhas de crédito com melhores taxas para o setor. Isso porque, a alta dos juros e da inflação elevou bruscamente as parcelas dos financiamentos pós-fixado pela taxa do IPCA. Para isso, o presidente do BNB, José Gomes da Costa, já antecipou aos empresários novas soluções que serão lançadas em breve pela instituição. “Temos uma perspectiva de que a inflação volte a baixar nos próximos anos. Com isso, já temos condições de oferecer financiamentos com taxas pré-fixadas, mais baixas do que as disponíveis atualmente”, garantiu.

Segundo José Gomes, que fez carreira em agências do BNB, o banco tem recursos disponíveis para financiamentos e tem reduzido a burocracia e tempo de liberação do crédito. “Empresas que faturam até R$ 4,8 milhões já não passam por consultas às certidões, e as que faturam valor maior estão dispensadas do Cadastro Informativo de Créditos não Quitados do Setor Público Federal (Cadin)”, destacou.

Para Essinger, esse é o momento em que a indústria precisa de uma atenção especial das instituições financeiras. “Isso porque, além da queda na arrecadação, as indústrias têm enfrentado aumentos expressivos no custo dos seus insumos – em decorrência da escassez de matérias-primas e altas do dólar e petróleo – e as linhas de crédito não acompanham a nossa necessidade”.